terça-feira, 28 de agosto de 2007

Distancia


A primeira vista esta é uma percepção que todos temos bem definida na nossa realidade e pensamos que a conseguimos ultrapassar com todos os meios que estão ao nosso dispor. Mas isso não é tudo…
A distancia só quando é percepcionada é que se observa qual o seu real valor. De outra forma não seria esta a causadora de tantas fatalidades emocionais.
A distância prejudica a percepção dos pares a nível emocional, sendo muitas vezes fatal para a relação, seja ela de que tipo for.
Uma vez disseram me: “ As relações são como uma flor no jardim, devem ser regadas. Caso não sejam, morrem.”
Será isto assim tão certo?
Alguns momentos não são os mais indicados para falar de certos assuntos, que para um dos pares são de alto envolvimento. Quando o outro par não percepciona essa realidade pode dar-se a fatalidade da relação, sendo a mais simples palavra vista como uma facada, uma rejeição à sua pessoa.
Seremos tão humanos que podemos esquecer de tudo o que esta por de trás e focalizarmo-nos neste pequeno detalhe? Deixaremos de ter personalidade se percebermos que o outro pode não entender / percepcionar o que significa para nós?

Procuro-te...


A solidão cresce
Um vazio se enche.
Meu interior sente-se perdido
Com a vida que me deste.

Sinto me só
Apesar da sociedade que me rodeia
Sinto falta de algo
Que só tu me poderás trazer.

Quem serás?
Pessoa intocada
Crucificada no meu inconsciente
Para sempre

Desejo encontrar-te
Para te poder amar
Sentir que estamos um para o outro
Para me poder entregar.

Meu corpo deseja um toque como o teu
Minha alma transborda uma aura de prazer
Meus sentidos traem-me
Na busca incessante do teu
Ser…

domingo, 12 de agosto de 2007

Corpo...


A intrincada panóplia de formas, de sentidos, cores, satisfação de prazer fluentemente demarcado pela junção de duas formas complementares que facilmente se unem numa só, demonstrando uma capacidade apreciativa para tal beleza, unidas por uma pele suave cheia de paixão e um penetrante ardor que causa feridas aos visionários por tanto o desejarem e enaltecerem-no. Denotar-se-á um infindo contorcer de raios de relâmpago projectando uma silhueta fantasmagoricamente atraente, fanaticamente provocante produzindo um efeito de descontrolo total por parte de mim, de ti que deseja aquele ser, capacitado de prazer e emanando uma áurea de atracão sexual corrompida humildemente através do seu corte tradicional / conservador que forma uma caricatura de ser ingénuo, mas de bem com a vida, fisicamente atraente fontes estas que são a razão do meu / teu dilema, conhecimentos eloquentes daquela forma ergonómicamente perfeita, do simples gesto que inebria contagiando qualquer mortal que por ele passe, sentindo como um ataque de ser selvagem em que suga os últimos momentos da vida da sua preza.
Pequena cavidade que produz o gosto, bem como o desejo que muitas vezes num pequeno gesto, poderá fazer uma congregação de sentidos despertarem em mim / em ti, deixando extasiado um corpo (ser) que antes do movimento se encontrava em paz e tranquilidade consigo mesmo. Cavidade que tem como fim uma perfeita junção muscular por muitos desejada, mas por poucos conseguida, transbordando uma leque de capilares que com ajuda de maquilhagem poderá ser enaltecida.
Pequenas esferas capazes de mover mundos também elas potencialmente despertadoras de desejo, capazes de transmitir tudo o que ser sente, tendo ainda a capacidade de se humedecer quando as coisas vão pelo caminho mais difícil.
Fabulosos sensores do tacto, podendo potenciar uma suavidade máxima, despertadores do desejo, com um alto potencial de carinho, que com movimentos de elegância extrema são reais formas de despertar o prazer. Fantásticos indicadores das curvaturas do outro ser podendo percorrê-lo a fim de encontrar o ponto mais alto do prazer, da supremacia do momento zen, em que há uma completa união.

Momentos

São tantos os momentos que passamos, uns de maior alegria outros de tristeza extrema, bons e maus momentos. Os momentos tristes têm a capacidade de nos deprimir, colocam-nos numa posição inferior com a vida, fazem-nos pensar em ter acções que de outra forma não surgiriam na nossa mente, podendo mesmo acontecer a fatalidade.
Momentos congregam uma panóplia de emoções, de sentimentos que nos fustigam ameaçando muitas vezes a nossa vida, são excessivamente marcantes, traçando muito a nossa próxima acção. Muitas vezes temos magníficos momentos de felicidade e amor, mas para chegar a esta complexa relação, temos muitas vezes de passar por momentos difíceis. Quando tivermos a possibilidade de ter um momento glorificante poderemos usar toda a nossa luminosidade e desfrutá-los ao máximo, identificando e percebendo toda a órbita celestial que esses momentos nos proporcionam.

Os bons momentos são como o segundo, passam 60 vezes mais rapido que o minuto.

Atracção...

Será esta predominante nos seres humanos? Qual a razão da sua extrema importância? O que a define?
Na realidade a sociedade é que nos impele, empurra e incentiva para determinados comportamentos que podem ser prejudiciais para todos, claro de formas diferentes.
Quando somos aqueles que não têm as características ideais, sentimo-nos a parte da realidade, descontextualizados.
O contrario também não apresenta grandes vantagens, sermos pessoas portadoras de grande atracção, seremos simultaneamente pessoas de difícil decisão, pois nunca sabemos ao certo qual a melhor pessoa. Entramos muitas vezes em conflito se devemos ou não entregar / acreditar naquela pessoa que parece fantástica.
A grande máxima é que, quando a oferta é muita, a procura torna-se mais minuciosa, tornando a escolha mais difícil e tomando várias vezes a decisão menos acertada.

Destino...

Qual a razão de tanta preocupação com esta palavra? Porque é que influencia tantas pessoas? Será que já nascemos com a nossa vida traçada / destinada?
O ser humano para justificar muitas vezes as suas acções / actos mais ou menos bons recorre sempre a alguma coisa para poder depositar a culpa / responsabilidade. Delegando inúmeras vezes a culpa ao destino, mostrando uma fraqueza que o impossibilita de ultrapassar tal situação por si causada, traçando de certo modo o seu destino nos próximos minutos, horas, dias, meses ou anos. Pode-se pegar por um exemplo muito prático. Quando um ser humano desprovido de asas, decide saltar de um penhasco / ponte / prédio tem de ter bem ciente que essa sua acção ser-lhe-á fatal. Neste caso o ser traça o seu destino pondo término em poucos segundos à sua vida.
O que acontecerá à palavra destino após a morte? Será o seu fim? Haverá ligação?
O ser humano está perfeitamente adaptado para traçar o seu destino. Com mais ou menos dificuldades, todos conseguiram traça-lo. Ninguém se encontra condicionado pela sua origem, todos terão a capacidade de se sobrevalorizarem e poderem atingir aquele cargo, lugar ou estatuto que sempre desejaram / sonharam.